Bom dia. Dor no ouvido. Meio que insuportável.
Depois do convênio-saúde funcionar, eis que converso com o recepcionista do pronto socorro americano. Tudo bem, papéis, assinaturas, cópias pra todo mundo, autorizo o Obama a ter acesso ao meu histórico médico (como se ele já não tivesse…) o atendente é generoso e curioso…e o Brasil? E a Copa? Tsc tsc
Vou pra sala da consulta, a enfermeira, que gostaria de falar português (todos querem!) só consegue uma ou duas palavras em espanhol. Ela preenche o questionário, tira o pulso, temperatura, mede o tamanho da dor num papelzinho cheio de carinhas desenhadas a mão e se vai, anunciando que em poucos minutos o médico estará ali pra me atender. Lembro que a dor estava em 5,5, mas não tinha esse densenho, na dúvida, chutei 6, numa escala de 0 a 10.
Toc toc toc chega o Sean, o doc. Oi tudo bom, como você está? O que acontece, dor no ouvido? Hummm…pode ser qualquer coisa. Ok, vamos dar uma olhada, qual o lado? Deixa eu olhar o outro primeiro, aham… ok. deite-se por favor. Deitei. Enfia o instrumento com luz no ouvido e diz: o ‘tímpano’ está bom. Assim, mesmo, em espanhol, que também serve pra português. Vou te receitar um remédio em gotas. Aviso que vou viajar, que talvez fosse preciso algo a mais, caso eu não esteja aqui.
Ele pensa, olha as ‘dores’ em volta da orelha, digo que dói quando mastigo, ele explica que é normal, puxa aqui, estica ali e diz: vou te receitar dois remédios, um de pingar no ouvido outro pra tomar, é forte, mas se você concordar, tudo bem. Concordo. Quero me garantir pois estarei longe da cidade nos próximos dias. Ele pede licença dizendo que já traz as receitas.
Cinco minutos volta Sean. Com licença – me diz- posso olhar de novo pra ter uma certeza da sua dor? Digo sim, ele examina de novo e manda a enfermeira entregar a receita, com o cartão de desconto da farmácia. Vão me ligar em dois dias. Espero estar melhor.
Mas vou tomar somente um dos remédios. O de gota….